Li este livro há vários anos atrás. Foi numa época difícil para mim. Fui a um espaço em que lá em casa havia prateleiras de livros. Ia pegando num e noutro e nada me agradava, confesso que não sabia ao certo o que queria. Vi-me rodeada de livros de todos os géneros, históricos, dramas, romances, de enciclopédias relíquias também. Procurei, me concentrar no que eu realmente gostava ou sentia necessidade de… Estava lá só eu, um absoluto silêncio e a minha cadela. Concentrei-me apenas e só no meu momento difícil que estava a passar. Este livro veio parar às minhas mãos quando eu estava numa das prateleiras pela primeira vez a passar revista. Porquê este livro? Porque lembrei-me que me falaram dele e que as coisas ao acaso são as que prevalecem e que têm tudo para dar bom resultado. Porque é que várias vezes em certas prateleiras e esta veio este livro parar á minhas mãos? Porque é que quando eu agarrei nele veio várias memórias que tinha visto e ouvido para eu recordar? Não ezitei e li-o somente em 5 dias. Primeiro livro que tive bastante “pena” de ter chegado ao fim.
Neste livro o autor conta nos como se pode atenuar ou adiar a dor da perda de um grande amor e como nós somos confrotados nos últimos minutos das mais importantes decisões na nossa vida.
Há certos colegas armados em espertos e querem ser eles o patrão e o chefe. Têm o desplante de dar sitemáticamente a lição de moral como se, áqueles, não tivessem pais. Hoje não fui a mesma e respondi-lhe, comecei a ouvi a tal “lição” mas não até ao fim. Subiu-me um pouco o sangue a cabeça e a tenção arterial tença mas, respondi-lhe. No fim. Disse para mim mesma que estava admirada com o “largar tão bem os meus dentes”, não tive coragem de me beijar. Senti-me leve como a pena, a tensão arterial desceu e tenho a certeza que evitei meio milhão de cabelos no meu cabelo e de estragar a máquina da tensão arterial da farmácia. Que venha mais coragens destas para eu me sentir como nova.
Aquela coisa marcada que parece uma linha é um aranhiço fossilizada ainda à epera de um enterro digno, está lá na almofada que confortou as nossas cabeças em plenos dias de sol também feita de lona. Um bocado de papel no chão que a vassoura varre com o resto do pó do tempo descobre a cor verdadeira que é o chão. O lago que tem peixes, contemos para ver os que faltam mas os números atrapalham-se e ficamos com um cálculo. A mão já com o miolo de pão, não interessa molo ou duro, vai-se fazendo bolinhas pequenas com estas e deitadas em onda pela água que os peixes vêm ao encontro e aglutinam de uma só vez. Assim já se tem a precepção mais nítido do cálculo que atrás se fez. A bicicleta com a corrente solta não hà corridas nem coisa nenhuma, então tem que se pôr de rodas para o ar e com os pedais os pneus tomam velocidade e o som que parace o vento fazem um vu uuuuu. Não esquecer o óleo para não prender mas as calças desse lado tem que ser arregaçadas. Os armários ao abrirsse renovam os nossos olhares de memórias e recordações, a camisola que não serve ou o garfo que ficou esquecido pela presa de mais uma corrida rápida para aproveitar o pouco tempo que se tinha. As camas têm que ser feitas com os lençóis rígidos e as fronhas como a goma pegada e o cheiro a contar como teve o tempo. O pão comprado cedinho pela manhã ao som da passarada alegre, livre e sem pressa. O chá, o leite e o café esfumam nas respetivas púcaras, bule e leiteira. A manteiga acabadinha de estriar é crucificada com os primeiros golpes de uma faca bébe e que ao tocar no miolo do pão dança uma volsa iressistivel. O sol já mais alto oferece à casa um ar já menos bolorento, húmido e espesso. A casa da lenha que é o palácio de qualquer aranha e outros que se prezem, também é o campo de batalha destes. Os utensílios de jardinagem e carpitaria com o martelo, ansinho, vassoura, caixa de pregos e parafusos, … estão arrumados em pregos na parede numa ordenação lógica. O cheiro aí é mais acentuado e pouco esplicito pelas misturas de diversos aromas mas, que quase nos asfixia e nos provoca falta de ar. Vimos cá para fora apressados já com a boca aberta que nos obriga a começar apaladar depois de tentar nos sufocar até ao último minuto.