Estava eu há alguns anos bem largo em frente da televisão a assistir a um enterro de um político de um país que já não me lembro de onde e quem era. Esse político foi brutalmente assassinado e tinha sido um homem de bem. Eu via onde estava quem e quem era quem. Quando de súbito o repórter que estava a apresentar esta disse algum parecido que foi: “…que o senhor padre estava a falar sobre o bem do que fez aquele homem”. E de súbito filmaram a viúva e esta quando de surpresa esboça um sorriso. Achei aquilo único de ser-se visto, histórico até, devido ao padre oferecer as ditas palavras de elogiou ao falecido, pela tradução do repórter, que me fez sentar no sofá e a sorrir também.
Qualquer perda é ruim. Perda é saudade, perda é esperança, perda é fé, perda é o não aceitar, perda é mudança, perda é…Qualquer que seja esta é um sentimento que o ser humano não quer, não gosta, não deseja…só é diferente…é muito diferente. Pessoas diferentes esse sentimento será sempre e também diferente. Perda de um pai ou de uma mãe, perda de um primo ou prima, perda de um irmão ou irmã, perda…é o género diferente de pessoa para pessoa.
Pessoas inesquecíveis são lembradas ou porque nos foram prestáveis humanamente ou porque nos foram chegadas nos momentos cruciais das nossas vidas. Vida!!! Os que ficarem que dêem o melhor como se não houvesse perda porque essas pessoas sim, queriam que isso acontecesse. Prosseguir o que ficou por fazer, …o que ficou por pensar, …o que ficou em querer, …enfim.
Datas que não se apagam, datas que nos ficam na memória e datas para os últimos momentos amigos para recordar.
Tempos largos atrás, fazíamos jantares no verão num restaurante, qualquer coisinha eramos muitos e qualquer coisa, eramos imensos. Devido à nossa preferência ser a mesma e fiel o percurso era um só. Ainda para dar mais enfâse ao programa o meu pai lavava-nos de carro, só faltava a cadela, mas ainda estávamos a aconchegar no banco de trás do carro já nos davam ordem para nos levantar outra vez. De regresso o estar à mesa depois de um dia cheio de campo ou de praia, o carro lavava-nos a pensarmos que o percurso era mínimo mas, meu pai conseguia-nos despertar do sono semi-pesado ou semi-leve e ainda nos fazer rir para mais umas cursos e contra curvas de caminho.
Nesse passeio não fui devido a ser ainda criança de berço foi a um passeio ao castelo e o que me disseram foi que as crianças para cima carregavam as suas merendas. Foram visitar todos os cantos do castelo que só havia ruínas, as corridas correndo no ar puro e límpido deu lugar à merenda ser mais apetitosa e a paisagem deslumbrante ainda que não dessem conta estava lá a quem a queria ver. Passou o dia e o regresso chegou quem acartava as mochilas vazias tiveram dó por ver e ouvir o “estou cansado”. Pensando que quem chega-se a casa e fosse descansar enganou-se pois as corridas correndo prolongaram-se até à hora de deitar.
Lanches apetitosos quando chegava da escola no carrinho de chá depois de fazer a vénia às tias que alegremente me viam ou me olhavam e mediam (“tão crescida”). O cheiro a vários perfumes sufocavam-me um pouco e respondendo por vezes faltava-me a voz que se misturavam na garganta e engolia com a ajuda da anelação o amargo sabor. Ao longo do comprido corredor deixava a maior parte destes odores e tratava de tirar o sabor com os deliciosos restos de torradas empilhadas de pão de forma cortadas, o chá numa chávena perdida com açúcar escuro, as fatias de tartes de maçã que estavam à minha espera completava o meu olhar, ainda um ou outro bolo que tragava deliciada era o que eu sonhava na última aula desse dia antes de chegava a casa. Saciada, eu sabia que tinha uma tarefa como prémio que era colocar aquela loiça na máquina de lavar. Valera a pena ir colocando uma ou outra coisa enquanto procurava uma colher ou garfo, faltava pouco. No final dirigia-me para o quarto para estudar, arrumar a pasta para o dia seguinte e fazer os deveres, lá tinha que ser.
O meu gato fez 15 anos no dia 12 de Abril, chama-se Tim-Tim. Não queria que passasse este mês sem o publicar devido a ser injusto e ele não merece de todo. O nome dele foi devido ao meu nome ser começado por “T”, de ser um nome de uma figura da banda desenhada (BD) e ter de fazer anos no mesmo dia que o meu querido tio que o seu “petit nom” começava também por “T”. Tenho-o desde os 2 meses e era feito devido a ter as patas já crescidas e o corpo pequeno. Eu tinha medo, quando ele se punha debaixo de um armário e de repente crescesse (tipo espinafres) debaixo deste e que não desse conta e ao armário cai-se. Acho que seria muita animação. Quando era pequeno costumava de dar saltos “mortais” sem eu os pedir mas era só para apanhar uma mosca ou outro insecto. A prepósito de saltos, foi ou é o primeiro gato ao vivo que eu vi dar um salto bem saltado a metros consideráveis longos. Dita a verdade, era a sua especialidade. Estava agradável lá fora no patizinho numa casa alugada onde ei viva na altura. O meu gato feliz devido a sair de manhã quando eu lhe abria a porta e ele teria para além do pátio outros terrenos para explorar e só me aparecia à noitinha quando a fome apertava. Uma vez até não veio dormir a casa. “-Olhó desavergonhado!” E quando abri a porta minutos depois apareceu, por isso é que sempre que preferi gatos do que gatas, aliviei-me quando o vi à entrar pela casa dentro e dirigiu-se para as tijelas da água e da comida, sofregamente bebeu sem sessar. Ficou nesse dia em casa a dormir estafado e eu preferi não lhe perguntar onde tinha ido. Procurei ignorar o assunto. Nos dias seguintes saia para a sua exploração e quando o dia escurecia lá vinha ele todo feliz. Um dia ouvi uma algazarra, fui para a porta e procurei localizar o som. Quando eu ainda estava indecisa se era para frente ou ao lado ou se por trás, vi umas sombras rápidas há minha frente e no meio de arbustos. O meu ouvido definiu um ladrar muito forte e um miar histérico conjuntamente com uma correria certa. Reparei e não queria acreditar no que os meus olhos viam…o meu gato a tentar fugir de dois casarões enormes da raça serra da estrela. Pensei que talvez fosse “era uma vez um gato” mas lá se amanhou, virou à esquerda e sempre em frente alcançou o portão. Uma pata em falso, lá se ia o animal. Nisto lançou-se no ar e depois de uns 5 ou pouco mais metros aterrou bem travado no telhado que estupefacta parva assisti. Mudei de casa porque aquela casa era péssima e teve que ser meu gato ficou um quanto ou tanto triste, tinha perdido os cantinhos preferidos da casa, tinha perdido o ar e o espaço da liberdade. Nesta nova casa ainda caiu do parapeito da janela devido a este estar molhado por causa da chuva numa noite. No dia seguinte não sabia do gato, o meu mais pequeno não perguntou, eu estava incrédula e antes de sair de casa fui à janela espreitar e não vi nada. Fui para o meu emprego a pensar, a pensar e o que havia de dizer à criança? Mas porque é que ele fugiu? Não o tratávamos mal, tinha comida e água, enfim uma série de factores que só me levava a dizer que tinha escorregado da janela... Depois de dois ou três dias, chegou a sexta-feira no fim do dia informei ao pequeno e passei a ir de vez em quando à janela mas nada. Só depois do almoço eu estava a estudar com o meu pequeno e ouvimos um miar familiar, saltamos das cadeiras e fomos à janela chamos pelo seu nome e este respondeu. Fomos busca-lo mas levamos um pouco de comida para ele vir porque estava muito assustado daí em diante começamos a fechar as janelas ou a abrir um pouco para não termos mais surpresas nem sobressaltos. Tenho a convicção que ele vive melhor do que eu, não paga qualquer imposto, come, dorme quando quer, tem liberdade de estar em todas as divisões da casa, quando está sol a parte da casa é na varanda (bate lá o sol e lá vai ele par a praia fingida), quando nós abrimos a porta do frigorífico lá vem ele com toda a presa e a todo o vapor, percebe quando é a altura dos donos se levantarem e até quando passa da hora por descuido de esquecermos do despertador mia e inúmeras razões para ser bem estimado, acarinhado, mimado etc, etc... Mas quando ele se porta mal já sabe. Castigo.
Quase todos os dias quando chego à paragem do autocarro está lá uma senhora que me parece ou que me lembra a não sei quem da justiça. Vejo melhor e digo que é a minha iris ou o meu olhar pela manhã que ainda está ensonado porque o café já está tomado e com o devido assento assentado. Eu não gostaria de ter uma sósia, aliás, odiava. É tão bom ser-se único em tudo. Alguns até alimentam isso e fazem questão de…então quando são sósias de pessoas públicas, ui. Até fazem menção de serem fotografadas junto de…. Onde fica o carácter dessas pessoas e a mãezinha dele(a)s? É triste para….querer ser-se outro e não a sua pessoa para quem gosta dessas pessoas, a família por exemplo. Mas algumas famílias até gostam e orgulham-se. Outra pessoa que de vez em quando passa enquanto eu espero pelo autocarro é um senhor que de repente parece com uma pessoa de que eu gosto muito mas com a força do hábito já o vejo e afirmo que não, não é. Nisso sou terrivelmente tímida de quando passa por mim uma pessoa que não é publica e que eu julgo conhecer estou naquela de: “-É?”, “-Não é?” “-Será?!”. Ali passo minutos atrás de minutos naquela incerteza que os sentimentos misturam-se em timidez, com coragem, falo, não falo, fica chateada(o), leva a mal, e se é e acabo por não falar? e se é acha que estou a meter-me com ele(a), e inúmeras razões, interjeições e sentimentos indecisos. Gosto de ser eu mesma, não há dúvida.
Empregados temporários, a tecla está gasta, ressequida e teimosamente perra. É como as palavras do mês, dos messes ou do ano que como é óbvio é.... Fico, confesso, farta pois as coisas são tão óbvias que não há ciência. Há dois ou três anos para cá venho a conviver com essas pessoas indefinidas, sem eira nem beira, precária, sem futuro, enfim um inúmero de definições para as definir ao contrário, do pouquíssimo salário numerário que têm.
Quando chegam a um começo de um contrato o seu ânimo é bastante bom e elevado até, vão dar tudo por tudo, boas atitudes, boa camaradagem, atraso nenhum, excedem por vezes como dando “palpites” que seria melhor assim, assado ou cozido (se for preciso até transportam a empresa às costas) e o trabalho vesse.
Quando estão a meio o trabalho torna-se ritmado como o hábito de um robot, tudo surge maquinalmente e surge alguns erros. Distracções, saídas à presa de véspera ou entradas apresadas, que o colega como “eu” é…ou dá…ou vale…ou parece… Patrão testa-os com o trabalho a meio termo começado, espectativas surpreendentes, óbvias, nada de relevante e até deslumbrantes. Alguns ficam pelo caminho porque o objectivo não atingido, não superado ou até não correspondido às expectativas.
Reuniões para organizar melhor o trabalho, reajuste este devido a planos de última hora (alguém ausente), as tarefas atrasadas e adiadas dão novamente planos por vezes gloriosos e eficazes. O plano vai mudando e definem-se posições mais ou menos previstas. A competência já dura há uns meses mas só ali é que se dá conta do que poderiam ainda fazer. Aquela garra de agarrar com delicadeza todas as pontas no trabalho novo, torna-se abrupta pela confiança que se está a lidar este e chega a contagem decrescente. Menos um dia, menos outro dia, menos…Aquele trabalho que até não era do “ramo”, é o que se tem e é o desenrasca. Fica-se? Não se fica? Dá-se a espectativa e é o auge da acção. Desfecho já esperado ou surpreendente. Acabou.
Não se sofre de uma queda por gosto. A partir daí quase tudo é diferente, infelizmente, porque começa-se a ter mais cuidado, o que se podia ter feito, irei ser mais prudente…, o que precisamos para reestruturar para melhor ser feito, o que foram as causas para não se repetir as consequências. Até aí não se lembra dos anos que as pessoas têm mas nem sempre é só isso pois também é o equipamento que um trabalhador tem que não corresponde às espectativas. Orçamento curto, não estica, não chega, falta dali… Por fim chega-se à conclusão que se podia ser evitado por inúmeras razões. A fase seguinte: O projecto para os funcionários estudar a teoria para depois usar na prática então…acção. Cursos dali, cursos para acolá, cursos xpto e tudo com boas intenções. Mas isso é só quando a queda está quente porque depois é só no papel. A outra fase é quem vai, quem precisa e quem deve. São sempre os mesmos, porque raras as vezes que não o são. Aqui nestas escolhas, de quem vai, não sei como, mas só sei que vejo os mesmos e o chefe do sector que se intitula “manutenção” vai a todos os cursos e mais ninguém tem ordem de ir desse sector. Não acho certo devido a que todos têm que pôr em prática o que aprendem. Será que o chefe vai ou está incumbido de ensinar aos que estão a cargo dele no mesmo sector? Que afinal é o papel dos governantes da empresa, da instituição, …
Como muitas das vezes, fui ao Domingo com o meu filho, 6 anos seguidos, para a catequese. Fico pávida e serena à espera cerca de uma hora e pouco. Observo, olho e reflicto. Enquadro-me sim em Deus que é Divino, Bom, Sofredor, Amigo, etc, etc,. Mas não me enquadro em algumas pessoas enquanto estou lá à espera, observo e reflito. Aquela minha espera é calma, sossegada e dá para a minha pessoa ler o livro que estou a ler mas, outras vezes é impossível fazê-lo com a devida concentração que as letras juntamente com as palavras me vão dar à frase dando um sentido coerente que o livro merece e resta-me só uma opção fechar o livro. Olho o relógio e também o sino da igreja toca violentamente a anunciar que são 10 e meia. O meu livro já no saco que eu calmamente e cheia de tristeza guardei ainda penso ir para o corredor numa cadeira mas tiro essa ideia tentando-me concentrar na conversa que mais me identifica.
Porquê?
Sei, lá!!!
Talvez ainda valha a pena aprender alguma coisa neste espaço de tempo que ou Sábado ou Domingo lá vão 6 anos.
Pois já aconteceu a senhora do bar, quando um senhor, chegou ter-lhe informado que em tal sítio haveria um caixote da câmara que lhe prejudicava a visão quando esta chegava com o seu carro e tinha que parar para se certificar se não haveria ninguém a passar para ela prosseguir a caminho na via mas que ainda assim tinha receio que lhe batessem.
O senhor logo se prontificou de lhe perguntar as ditas referências para providenciar o pedido.
A minha conclusão foi que ele era um sujeito da câmara muito influente e que pelo sim e pelo não estava no “caça ao voto”. Mas isto tudo para eu reafirmar que nestes passos de espera com ou sem paciência por vezes vimos onde e como são as pessoas.
Ontem até estava esse sujeito, as conversas eram distintas e não se incomodavam pois a animação dos três grupos até estavam bem posicionados na sala. Um deles dividia-se por várias fracções de segundos em dois. O grupo mais perto de mim fez-me pensar duas vezes para religiosamente não continuar a ler.
“…não sei quantas, está quieta…! Afirmou a repreender a miúda. Pulei assustada do banco onde me encontrava ele continuava. “…e o ensino…” Não me interessou para além de eu saber que era indecente elevar o tom de voz num lugar público, as pessoas do outro grupo parecia que não tinha dado por aquilo. Esse, o mais animado, estava uma senhora que afirmava com uma voz redentora: “….mas como é que me esqueci?!?!...Ó dona não se apoquente, não fique assim depois trás...” “mas eu dizia para comigo que faltava qualquer coisa…sim…” O terceiro grupo mais longe de mim falava pausadamente e muito baixo mas reinava a armoria tendo o senhor do “caça ao voto” ter ido lá mostrar qualquer coisa. Mas o grupo mais animado continuava, “…espera Dona eu vou ao…escute lá…vou ao congelador e tiro” Foi lá dentro e depressa veio com um saco dentro de outro saco.
Olhei mais uma vez para o meu saco onde estava o meu livro e perguntei à minha pessoa se eu estava para aquilo. Apesar disso a senhora não se cansava de afirmar “…mas como é que eu fui capaz…é que a última vez que fiz o bolo foi em Novembro e agora era eu outra vez…ó senhora já lhe disse que não faz mal, está aqui o bolo…mas está congelado mais nada…até se pode pôr no micro-ondas, não? Ouviu-se, entretanto e esbocei-me um sorriso abraços com uma gargalhada. Nisto apareceu mais uma pessoa que se juntou a este grupo, num instantinho puseram-na ao corrente do sucedido e a sua opinião foi o suficiente para ser o centro das atenções com novas gargalhadas. O grupo junto de mim já não dou por ele e o outro, mais longe, assim calmo, sossegado começou e ficou até eu ir-me embora. Sinto passos na escada e já o meu filho está junto de mim. Felizmente naquele dia aquela hora que parecia interminável tinha corrido num ápice. Ao pisar a calçada apeteceu-me andar aproveitando o ar da natureza que naquele dia estava bem agradável. A minha pessoa já saturada de tanto frio e chuva conseguiu convencer o meu filho a ir andando de paragem a paragem até às horas que este partiria da estação para estarmos na paragem mais longe que podermos de maneira a apanhá-lo.
Há algum tempo ou sempre o meu transporte público é ou tem que ser a minha opção para eu ir para lá ou para cá. Como tudo há desvantagens e vantagens mas isso é consoantes a perspectiva de vários factores de cada um. A lei do tabaco ainda não inclui nestes espaços das paragens de autocarros, é uma pena, devido ali haver pessoas que passarinham enquanto esperam o seu autocarro e que passam ao longo da fila e abanam a mão com este ou deitam o fumo e que o cheiro de tabaco empesta o ar que nos rodeia. Aí é o meu momento sozinha que reflicto, penso e “falo” com a minha pessoa apesar de levar um livro para ler pois cheguei á conclusão que é um desperdício o tempo que se leva à espera. Confesso que de vez enquanto tenho que parar de lê-lo porque eu “entrego-me tanto à leitura” parece que eu pertenço e sou uma das personagens do livro. Tenho receio de falar alto ou medo de fazer, por isso, figuras amalucadas. Nestes intervalos tiro os olhos do livro, componho este nas minhas mãos fechando e abrindo, e olho para quem passa longe e de perto como observo os mentecaptos que lançam fumaradas de nicotina sem hesitar. Fico-me sem irritar, contenho-me abrindo outra vez o livro e desabafo lendo mais uma linha e outra e mais outra. Já quase que está na hora do autocarro que costumo de ir chegar, finalmente. Comento a mim mesma ser um alívio devido a tanta espera de estar em pé para além do fumo inconveniente e de falta de civismo por parte das pessoas em obedecer as regras a ordem de chegada. Chego ao fim dizendo que o espaço é de todos.
Durante a história, tanto de Portugal como do mundo, houve referências deste e daquele para que nós evolui-se culturalmente em diversas artes. Mas nunca este(s) frisam ou têm ou merecem ou são valorizados na época que vivem. Em Portugal por exemplo:
Egas Moniz (foi o mestre de D. Afonso Henriques) talvez sem essa pessoa eramos a extensão de Espanha?
Dinis (mandou cultivar o pinhal de Leiria substituindo os pinheiros mansos que aí se encontravam pelos pinheiros bravos devido a um melhor crescimento e raízes mas fortes, prevenindo a erosão) e (digamos que incentivou a reforma agrária). Este rei também aliviou, na altura os impostos aos Portugueses desenvolvendo as feiras e dando o nome de “feiras francas” àquelas que concedia diversos privilégios e isenção de impostos.
O rei D. Sebastião onde está? Para onde foi? Onde ficou? Ainda há pessoas que o procuram na esperança ainda de o ver num dia de nevoeiro. Bateram-no, esfolaram-no, martirizaram-nos, mataram- no e ninguém sobe nem viu mas ainda falam e pensam, pela fé que têm, que ainda aparece. Não da outra vez, mas desta foi desta que caímos nas mãos dos espanhóis mas mais ou menos 24 anos. Mas este rei que iria fazer, que ideias tinha e que pensaria. Muito influenciado por interesses burgueses.
O Marquês de Pombal (menos conhecido pelo seu próprio nome, Sebastião José de Carvalho e Melo) foi aquele que fez ênfase no reinado de D. José. Ajudado pelo ouro e dinheiros, que vieram de outros países, os cofres do estado estavam cheios e também pelo clima atmosférico alterado em Portugal foi atingido pelo terramoto 1755 elaborou um plano para a restruturação da cidade de lisboa.
Carlos I, rei culto. Gostava de fotografia e fotografava, pintava com aguarelas, agricultor (vinho, azeite e cortiça), pela oceanografia nasceu o Aquário Vasco da Gama, gostava das queijadas e travesseiros da pastelaria Piriquita em Sintra onde vinha passar as férias no Palácio da vila.
Infante D- Henrique dedicou-se imenso às primeiras viagens expansionistas tanto no Norte de África e no Atlântico. Destacou-se pela sua acção “protector” da Universidade ao curso de Teologia ficando uma instituição da cadeira de matemática ou astronomia. Pelo interesse da navegação patrocinou uma escola de cartografia. Capturado 11 anos em Tânger onde foi para tentar conquistar e em que foi um grande fracasso acabou por falecer.
Amália Rodrigues trabalhou no teatro participou em vários filmes (Capas Negras) e divulgou o verdadeiro fado que Portugal caracteriza-se por isso. Foi muito popular em todos os países onde foi e não mudou o seu temperamento, o seu estado de espírito e o seu feitio que era muito próprio dela.
Eusébio ajudou a selecção portuguesa no campeonato do mundo 1966 a alcançar o 3.º lugar recebendo a bota de ouro. Obteve imensas bolas de ouro e de bronze. Foi o conhecido por Pantera negra.
Carlos Lopes, ganhou a medalha de ouro dos jogos olímpicos de Los Angeles no ano 1984 no dia 12 de Agosto. Elevou a Bandeira Nacional ao pódio.
Sofia de Mello Breyner escreveu, sobretudo, para crianças ainda é hoje nome e referência nas escolas Portuguesas pela sua delicadeza e suavidade.
Eunice Munhoz atris de referência interpretou várias personagens em teatro (ex.: Os Pássaros de Asas Cortadas, Mary, Mary, entre outros), televisão (A Banqueira do Povo - Dona Benta) e cinema (A Morgadinha dos Canaviais, Tempos Difíceis, entre outros). Em Junho de 2010 é elevada a Grande-Oficial da ordem militar de santiago da espada.
Ruy de Carvalho actor que interpretou várias personagens em peças de teatro (Passa por mim no Rossio), televisão (Os Maias, Vila Faia entre outros). Distinguido por prémio de imprensa para cinema, prémios de crítica especializada, prémio Garett, globo de ouro para melhor actor, medalha de mérito cultural, grau comendador da ordem do infante D- Henrique e da ordem militar de Sant’Iago da Espanha
Carlos do Carmo foi o primeiro português a ganhar um Grammy numa categoria mais considerado “Lifetime Achieyement” que é o que conseguiu no conjunto da sua carreira.
Manoel de Oliveira é actor no segundo filme sonoro português A Canção de Lisboa (1933), mais tarde filma Aniki-Bobó (1942), retracto de infância no ambiente cru e pobre da Ribeira do Porto dará que falar por causa das críticas no modo de regime como se viva na altura em Portugal. Filmou várias longas metragens como realizador (Acto da Primavera, O passado e o presente, Amor de Perdição, O meu caso, A Caixa, Viagem ao Principio do Mundo, entre outras). As curtas e médias metragens (Douro, Faina Fluvial, A Caça, O Pão, O Velho do Restelo entre muitos).
Joana Vasconcelos representou Portugal na Bienal de Veneza de 2013, que fez no Palácio de Versalhes por convite feito em 2012 pelo Presidente da instituição, Jean-Jacques Aillagon dando seguimento ao programa de arte contemporânea iniciado em 2008. A sua arte descontextualização e subversão de objectos pré-existentes e realidades do quotidiano.
Cristiano Ronaldo futebolista ganhou várias botas de ouro por ser o melhor futebolista do mundo, foi melhor marcador, recebeu a Ordem do Infante D. Henrique em 2004 e em 2014, medalha de mérito da ordem de nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa em 2006, tem vindo a representar a selecção marcando bastantes golos e até decisivos para que Portugal vá ao campeonato europeu e mundial. Depois de estar no Sporting passou por Inglaterra, estando agora em Espanha.
…muito ficou por escrever e citar destes que referi.
Àqueles que não escrevi um apresso mas que se destacaram em igual com estes.
Apesar dos longos anos o HOMEM tivesse necessidade de dar homenagens aos que tivessem falecido, isso agora está a acabar devido a, em vida se dar apreço, dar justiça, dar pelo mérito actual.
O que diriam os nossos antepassados se vissem a máquina de escrever manual, eléctrica e electrónica. Como reagiriam aos papéis químicos, folha brancas ou ás cores, acetatos, micas e bolsas para pôr as folhas. O que pensavam se vissem os faxes, computadores, DVD's, televisores, CD's e as máquinas fotográficas. Os que iriam falar dos telefones, telemóveis e dos programas que estes instrumentos de telecomunicações todos podem suportar. O que diriam, como reagiriam, o que pensariam e o que iriam falar? Não sei e não faço ideia. Ideia diferente, claro, eles iriam achar esquisita de trabalhar, de fazer as coisas e que coisas. Levantamos-nos, corremos, andamos, descemos, subimos, batemos, pagamos, compramos, carregamos, gritamos, berramos,...mas sempre no mesmo planeta, sempre no mesmo país, sempre no mesmo lugar e sempre no mesma av., rua ou beco ou praceta e travessa. Atiramos coisinhas para o ar, bem alto, que estas acabam por nos atingir por chuva, trovoada, granizo, tufões, furacões e tornados. Quando devia de haver chuva há sol, quando devia de haver neve há erva. Andamos no mesmo planeta que eles e mais contentes? Mais felizes? Mais rápidos? Mais seguros?...Pois é. Isto que escrevi é um bocadinho de tanto que ainda útil podemos fazer e de inventar. Alertemos para o esforço que ainda podemos e devemos fazer para o ainda nosso futuro dos nossos e após.